JUSTIÇA
Camilo Castelo Branco
128 ª Produção · [ 2016 ]
A Companhia volta aos autores clássicos portugueses. Agora com o drama Justiça de Camilo Castelo Branco. É a continuação da “saga na Pensão Portugal”, que iniciamos com Falar Verdade a Mentir de A. Garrett, depois com Sabina Freira de M. Teixeira-Gomes, (numa co-produção com A Escola da Noite) e cujos personagens se encontram, agora, anos depois “envolvidos” neste drama… bem ao gosto dos nossos públicos. Criamos um drama de faca & alguidar para, parafraseando alguns personagens: “provar que o mundo não é um valle de lágrimas, pelo menos no todo. Há certos pedaços do mundo aonde não há lágrimas” / “Particularmente onde predomina o Malvasia, o Madeira e o champagne” / “e o Porto. Eu sou patriota”! / “Vejo tudo côr de rosa… A vida tem cousas bem boas, digam lá o que disserem os poetas de cemitério. Poucos são os que sabem tirar proveito d’esta sublime patarata que os traductores em vulgar denominam sociedade”. Em Justiça estamos num olhar peculiar sobre a sociedade e os costumes. De um lado a utopia de uma sociedade que deveria nobiliar-se pela honra e pelo trabalho, a apologia do self-made man que, saído da pobreza, conquistará o seu espaço com probidade. Na trincheira oposta, os homens de mármore, corações empedernidos, adoradores do bezerro de ouro numa sociedade em que o homem era o lobo do homem.